Quem disse Que há horas e momentos p'ra se amar.
Lembras-me uma enchente de maré
Quem foi, quem disse
Luis Represas 1987.
At agosto 22, 2006,
“Amor, hoje construí um blog.” Foi desta forma que, ao telefone, soube do novo brinquedo do meu amor. A primeira sensação não foi a melhor... sempre me mantive à devida distância daquilo que considero algumas ferramentas perigosas da internet que, quando menos estamos à espera, invadem a nossa privacidade. Curiosa, acedi ao endereço indicado. Gostei logo do nome. “Mar da Lua” combina na perfeição com a personalidade do meu amor e, arrisco a dizer, com o “nosso amor”. Irei recordar para o resto da vida aquela noite de luar e céu estrelado, com o sussurrar das ondas como música de fundo em que redescobri o prazer de amar. “Estou apaixonada...”, começei por ler. Um misto de emoções invadiu-me a alma. Apesar de estarem ao alcance de todos os cibernautas, aquelas letras, aquelas palavras, aquele sentimento diz-me respeito. E como é bom ouvi-lo, lê-lo, senti-lo... As reservas que tinha caíram por terra. Senti orgulho por aquele “grito” sem pudores nem receios. Depois, quase à velocidade do vento, outros desabafos foram entrando no blog. Ela escreve (e bem!) à mesma velocidade que pensa, sabe brincar com as palavras como poucos se podem gabar. A minha viagem de comboio, o prazer do reencontro com alguém muito especial celebrado num brinde com uma mítica “mine”, o “atrevimento” de gozar com o craque do clube do meu coração, o gin tónico no Cabo da Roca com o Guincho no horizonte, as noites loucas da Privavera 2006, está lá tudo... Mas, afinal, nada daquilo beliscava a nossa intimidade. O nosso amor continua guardado a sete chaves no nosso castelo imaginário. Percebi a necessidade que ela tem de escrever, de deitar para fora tudo o que lhe vai no coração. Afinal, essa parece ser mesmo a principal motivação da maioria dos bloggers. As memórias de papel passaram à história, a era das novas tecnologias tomou conta dos nossos dias. Quem teve o azar de nunca receber cartas de amor ridículas, agora, muito dificilmente as irá receber. O pior veio quando, já enroscada no meu peito, me sussurrou ao ouvido: “porque ainda não fizeste nenhum comentário no meu blog?”... Ora aqui está ele, meio embrulhado e confuso tal como o meu dia de hoje. Gosto de te ler. Gosto de te sentir... Sinto-me uma privilegiada por sentir que sou uma fonte de inspiração. Continua. Por mim tudo bem!...
At agosto 25, 2006,
Prometido é devido!Acompanhada de um café lá vim eu ver.Não gosto dele a escaldar e essa foi a minha sorte, convenhamos beber café e sorrir aquando da tua declaração de paixão teria sido no minimo...preocupante!Recta na postura e no assumir dos sentires, colorida e sensual nas emoções, de humor preciso,enfim o teu EU tão verdadeiro. Li-te, li-te e reli-te, com o saber secreto de te ver renascer qual fenix das cinzas do esquecimento a que, talves de uma forma inconsciente, te tinhas votado.O café agora frio e esquecido foi alegremente trocado pelo prazer que não se divide, de te ler.Bravo!!!Orgulho-me de ti!Espero que continues a "modernice" do blog ficariamos um pouco mais pobres se parasses.Assim sendo qual Arcanjo fica a promessa...vou mas...volto