Amor,
Sinto-te como se sentem os encantos do sonho ou as dores da alma, como parte de mim que se arranca a cada despedida e se encaixa em todos os regressos, como o sangue que me corre nas veias ou o sorriso que se desprende nos lábios.
Sei-te como se sabem as certezas ou como as 
dúvidas que despontam, como o tactear fernético dos dedos no tampo de uma mesa ou o dedilhar sereno nas cordas de uma viola, como as palavras que me brotam no peito ou como as que engasgo e engulo.
dúvidas que despontam, como o tactear fernético dos dedos no tampo de uma mesa ou o dedilhar sereno nas cordas de uma viola, como as palavras que me brotam no peito ou como as que engasgo e engulo.Quero-te como a terra quer as primeiras gotas de chuva ou como o vento quer a brise o amaine, como a tela deseja o traço de cor ou como a caneta teme a imensidão do branco de uma folha virgem, como a voz anseia por se soltar ou como as asas que temem o primeiro voo.
Amo-te como...como não sei amar mais nada nem mais ninguem, como da primeira vez, como da única, como da última, como de todas as vezes em que te fiz mulher no meu corpo.
