Posse é o sentimento de Magnum "É meu, comprei eu e é meu até ao fim" e Ciúme é mais tipo Felini "se te apanho com outra mato-te!"??? Pois não sei, não tenho ideia. Eu que sempre reconheci ser ciumenta não me revejo, confesso, em nenhum destes "géneros" cinéfilos ou publicitários, mas a verdade é que sou - tantas vezes - mesquinha nos sentires e a isso também (ou não ?) se chama Ciúme.
Eu sou daqueles pessoas simplistas (que não simplória, leia-se) na forma de Amar. Amo e pronto, já está. É assim! Não invento, não espero que quem vive comigo se lembre das formas mais mirabolantes de me provar o seu amor, não fico louca de ciúmes se o telefone toca e ela fala baixinho e com voz de mimo com alguém que lhe é especial, não me esgalfinho se vai tomar café com amigas e nem arrepelo os cabelos se janta com a ex-namorada, mas atenção...eu SOU (mas sou mesmo) ciumenta e, apesar de não levar ao extremo as minhas atitudes de fémea injuriada no seu amor próprio, sei que quando uma espécie de mão invisivel (e não falo das teorias económicas intrevencionistas do Adam Smith) me aperta a garganta e o peito eu me encolho e que é então que todas as minhas inseguranças apanham o elevador e carregam no botão que diz "peito", o invadem, se instalam e resolvem lá morar por algum tempo, mordendo-me por dentro, picando-me as palavras que insisto em calar, atormentando-me a alma até ao dia em que acordo e elas - sem que saiba porquê - já não moram mais nesse "andar" e se mudaram para um piso em que - até nova ordem - não voltam a incomodar.