Há coisas que cada vez mais me ocupam o pensamento e o espírito.
Porque raio havemos nós de perder tempo com mentiras? Ainda ontem estava a passar os olhos pelo blog do Cláudio Ramos e houve um post em especial que me despertou a atenção; um post em que o dito senhor fala da arte de bem mentir e engrupir a toda a sela.
Ora a verdade é que reconheço que o senhor tem, neste aspecto, toda a razão. Eu cá, pela parte que me toca, prefiro de longe dar uma "berlaitada" em alguém de quem gosto com a verdade - ainda que dura - do que "lhe passar a mão pelo pelo" com a mentira. A falsidade, as meias verdades, as omissões piedosas, os subterfugios, o que fica por dizer, a mentira e a desconfiança cortante que da primeira mentira advem, são como um carcinoma que vai comendo quem somos por dentro, que vai arremessando o nosso eu contra as paredes do peito que é nosso e porquê?porque é mais fácil esconder do que abrir, porque é mais cómodo não ter que explicar do que debater, porque é mais seguro o desconheciento que a razão? Don't think so!!!
Todos nós já passamos por situações em que tivemos que confrontar um amigo, um familiar, um amante com o peso de uma mentira, de uma omissão. Todos nós já sofremos - de uma forma ou de outra - a pressão do corte da desconfiança, do sentimento de traição, da hesitação nas palavras que grita "mentira" por cada poro de pele. Eu não gosto! Como diz o tal senhor do post "eu dou-me ao trabalho de dizer a verdade", sim porque necessariamente dizer a verdade dá - por vezes - tanto trabalho que seria mais fácil calar mas também...se a vida fosse fácil não teria metade da graça. Como diz aquele outro senhor emblemático da antena R.Renascença..."Vale a pena pensar sobre isto!"