George Remi - ou Hergé como ficou para a história conhecido - o pai do mítico jornalista aventureiro Tintin faria hoje 100 anos. Foi em 1930 que o primeiro livro (Tintin in the land of the soviets) sairia da forja e que o emblemático personagem começava a ganhar expressão ideológica e política. A apologia dos direitos humanos é feita p.e. com "Tintin in Tibete", a dura crítica da corrida às pedras preciosas é tecida em "Tintin in the Congo", o escárnio do poderio dos gangsters dos anos da lei seca e da corrupção das forças policiais norteamericanas é proposto por "Tintin in América" e, apenas para citar mais um exemplo, a crítica às colonizações europeias da época renascentista é escancarada em "Prisioners of the Sun" que retrata a cultura Inca e relata a sua destruição pelos espanhóis.
O contributo deste belga para o imaginário infantil de todos nós - geração (à) rasca - foi tremendo.