As minhas mais humildes desculpas a todos quantos por aqui passam e não encontraram novidades, mas a última semana foi tipo Magnum ... nossa, só nossa e nossa até ao fim! A verdade é que embarcámos rumo a uma das cidades mais românticas do Mundo. Praga, ou Praha - como quiserem - é uma capital europeia plena de vida e cor, envolta na aura misteriosa do misticismo bohémio que nos faz perdermo-nos em cada rua de edificios majestosos e coloridos, em cada beco que nos surpreende com mais um acolhedor bar de madeira e fogo numa qualquer adega do séc. XVI, em cada cúpula de ouro e verde que dos telhados bicudos se ergue para dar lugar a uma esplanada inesperada acima do nível do ar que respiramos. Praga é a cidade mãe de todas as belezas, das coincidências numéricas, dos codexs, das lendas, do fantástico e assombrado, na névoa rosada sob as pontes que sabemos serem calcorreadas por tantos desde o séc.XIV, do néctar da cevada - esse que tão bem nos sabe enquanto descançamos das caminhadas e do frio lá de fora -, do homem do realejo sob a Karlov Most (Ponte D.Carlos cuja primeira pedra foi colocada em 1357 a 9/7 às 5:31h a conselho astrológico da numeração impar), de Kafka e Kundera, de Alfons Mucha e Carlos Magno, do relógio astrológico único no mundo, da viela dourada que desce de mãos dadas com a muralha do castelo até ao rio, dos sons do jazz que adoptou e do cheiro do pato e do joelho de porco assado que se mescla com os incensos e com as cores das lojas trendy e fashion de uma cidade mulher em que o antigo e o moderno são meros anacronismos e em que a realidade e a névoa dos sonhos se confundem neste amor que trazemos no peito.