
É verdade, está quase quase na hora de fazerem - de uma vez por todas - de mim uma mulher séria. As viagens estão confirmadas, as testemunhas convocadas, as alianças escolhidas e daqui a uns poucos dias rumamos a Toronto afim de oficializarmos a nossa união.
Engraçado como todos, ou quase todos, reagiram bem e se mostraram felizes por nós. Uns entendem mas não o fariam, a outros parece-lhes lindamente, outros limitam-se a ser felizes pela nossa felicidade e outros ainda acham-se no direito de poder achar o que quer que seja, de dizerem que não concordam - como se isso fosse importante para nós - que não entendem a necessidade, como se entendessem sequer para que lado gira o mundo.
As pessoas são quem, como e o que são e cabe-nos a nós respeitar e darmo-nos ao respeito. Eu, pela prte que me toca, levei mais um tabefe que - uma vez mais - espero ter servido para me alertar sobre a essência dos outros. Eu não tenho que me entregar sem reservas e sem resguardos, não tenho que me pôr a jeito para sofrer faltas de respeito e educação, não tenho que me calar porque uma criatura mimada e enciumada resolve fazer de mim o escape do seu ressabiamento.
É verdade, falta pouco para a Mulher por quem me apeixonei fazer de mim uma muher séria. Nada muda, nada no constante devir da vida sofre alterações, mas cá dentro - no pais que guardo dentro de mim - sabe-me bem saber que está perto. Estou feliz, muito feliz. Sei-a feliz também. Isso é tudo!