Eu tenho uma amiga - ela não é minha amiga, mas amigo do meu amigo meu amigo é - que está triste. Gostava de poder dar-lhe a mão e - quase sem conhecê-la - enchê-la de sopro e de vida, enchê-la de colo e de mimo porque mais não posso e não sei, enchê-la de mim porque de mim transbordo e chega para ela, enchê-la de esperança e de sonho porque são meus companheiros de jornada.
Eu - e ela não é minha amiga, mas amigo do meu amigo meu amigo é - sinto-me pequena na sua presença, ante o seu estócismo, ante a força de fora desmentida pelo trémulo das mãos e pelos olhos que bailam procurando respostas. Eu sinto-a temerosa mas cheia de garra, hesitante mas plena da vida que tem medo que lhe fuja. Eu sinto-me Inverno ao olhar fundo nos olhos desta que - não chega a ser minha amiga, mas amigo do meu amigo meu amigo é - por tudo merece ser chamada de Primavera.
A ti - que Ainda não és minha amiga, mas amigo do meu amigo meu amigo é - o mais sentido dos abraços e o mais rasgado grito de guerra...Lutadora segue em frente que nós - os que já são e os que virão a ser teus Amigos - caminhamos mesmo atrás atentas às tuas pegadas.
Um Beijo de quem ainda não é tua Amiga mas te sente como tal.