sexta-feira, outubro 13, 2006
posted by Mar da Lua at sexta-feira, outubro 13, 2006

O grupo parlamentar do PS e a JS acordaram deixar para depois do referendo ao aborto a discussão da proposta dos deputados da "jota" para a legalização dos casamentos homossexuais. Foi o consenso possível entre a JS, que apresentará dia 15 um anteprojecto de lei mas apenas para lançar a discussão, e a direcção da bancada, que já tinha enviado sinais de que as prioridades são outras a interrupção voluntária da gravidez, cujo referendo deverá decorrer próximo do fim do ano, e a procriação medicamente assistida.Caso o Bloco de Esquerda pretenda agendar a sua proposta de legalização, que já entregou na AR, precisa, também aí, da aprovação do PS. Os sinais de que não a terá são evidentes. Alberto Martins, líder da bancada rosa, embora afirme que, se a questão se colocar, "só então será discutida", não deixa de afirmar que "fica a mensagem" sobre o posicionamento do PS. E admite que "faz sentido" o raciocínio, expresso por alguns deputados, de que seria absurdo travar agora uma proposta da JS para depois dar luz verde à discussão de um projecto de outro partido. Também Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares, embora remeta a questão para o grupo parlamentar, afirmou que "todos os partidos parlamentares ficaram a saber qual é a agenda política do PS".
O BE parece ter percebido essa agenda. A deputada Helena Pinto explicou que o principal objectivo do Bloco é "conseguir uma maioria que aprove" os casamentos homossexuais. Ora essa maioria não se consegue sem o PS. A deputada é aliás evasiva quanto a uma data concreta para um eventual pedido de agendamento da sua proposta "Iremos avaliando a cada momento a situação política." E só se darão novos passos quando houver "um consenso político e social sobre a matéria em questão".À saída da reunião da bancada, Alberto Martins afirmou que "todos os debates são legítimos, mas, em termos de iniciativas, não está no horizonte" a discussão do casamento gay. O líder da bancada destacou ainda que "não se discutiu o conteúdo da proposta", apenas a sua oportunidade. O líder da JS, Pedro Nuno Santos, disse que "não houve nenhum recuo", apenas a percepção de que é "preciso criar condições para a vitória quando houver agendamento da proposta".
António Cerzedelo, lider da Associação Opus Gay, afirmou hoje que compreendia que o país necessitava de "tempo" para assimilar a possibilidade de legislação do matrimónio entre casais do mesmo sexo, louvando a "ponderação" do PM José Sócretes, mas discorda de 2009 como ano baliza para a discução da legislação em causa.
 
7 Comments:


At outubro 13, 2006, Blogger M5Sol

Isso é que é estar em cima dos acontecimentos políticos e projectos dos nosso senhores deputados, e da vida na Assembleia da República, pois muito bem.
Vamos ver até onde vai a coragem dos nossos políticos.

 

At outubro 13, 2006, Blogger Mar da Lua

M5Sol:Os produtos horticulas no sitio não são o forte dos senhores...os deles são mais descaidos, mais mirradinhos.É incómodo gerar polémica e temas quentes são sempre polémicos.

 

At outubro 13, 2006, Blogger M5Sol

Ora pois, quem não os conheça que os compre.
Há muitos mercados com os produtos hortículas à venda.

 

At outubro 13, 2006, Anonymous Anónimo

Eu já nao quero saber do governo , nem da politica , é só apanhar um avião e ir a um País mais a frente ... mais decente ...

 

At outubro 13, 2006, Blogger Bandida

Ó Pinguim, eu vou contigo... :)

 

At outubro 13, 2006, Anonymous Anónimo

O.K. Bandida , vou só informa-me quantas noivas posso levar , se calhar posso levar uma em cada País ...

 

At outubro 13, 2006, Blogger Mar da Lua

Pinguim e Bandida: Isso já vai assim??? Ai que além de tudo este blog ainda apadrinha viagens esquisitas